14/12/2020
Emirados Árabes dizem que vacina da Sinopharm é 86% eficaz contra Covid-19
Uma vacina experimental contra o coronavírus desenvolvida pela China National Pharmaceutical Group (Sinopharm) tem 86% de eficácia, disse o Ministério da Saúde dos Emirados Árabes Unidos, citando a análise de dados preliminares de ensaios clínicos em estágio avançado.
A divulgação vem depois de anúncios positivos no mês passado de fabricantes ocidentais de vacinas, como Pfizer, Moderna e AstraZeneca, além da Rússia. Nem o governo dos Emirados nem a Sinopharm detalharam os dados do estudo.
Em julho, o governo dos Emirados iniciou ensaios clínicos em Fase 3 da vacina, desenvolvida pelo Instituto de Produto Biológico de Pequim, uma unidade da China National Biotec Group (CNBG), ligada à Sinopharm.
Em setembro, o governo local autorizou o uso emergencial da vacina em determinados grupos, a primeira aprovação internacional do tipo de uma vacina desenvolvida na China.
A análise dos dados também mostra “taxa de soroconversão de 99% de anticorpos neutralizantes e 100% de eficácia na prevenção de casos moderados e graves da doença”, disse o ministério em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal.
“A análise não mostrou nenhuma preocupação grave de segurança”, acrescentou a pasta.
O ministério também disse que registrou a vacina oficialmente, sem dar mais detalhes, e que 31 mil voluntários de 125 nacionalidades participaram dos testes do país.
O ministério não disse se, e quais, efeitos colaterais foram identificados, quantos participantes foram contaminados ou quantos dos voluntários receberam a vacina ou o placebo.
A vacina, que usa um vírus inativado incapaz de se replicar em células humanas para gerar resposta imune, é aplicada em duas doses, de acordo com dados anteriores de testes.
O teste realizado nos Emirados Árabes Unidos é uma parceria entre CNBG, a empresa de inteligência artificial sediada em Abu-Dhabi Group 42 (G42) e o Departamento de Saúde de Abu Dhabi.
A Sinopharm e a G42 também expandiram os testes para Egito, Jordânia e Bahrein.
A vacina está entre as três candidatas mais avançadas na China em termos de desenvolvimento e está sendo usada para vacinar cerca de 1 milhão de pessoas no país sob o programa chinês de uso emergencial.
Fonte: Reuters/Forbes