Paddy Joyce, 17 anos, é escocês e diagnosticado com autismo, o que de modo algum o impediu de agradecer aos profissionais de saúde por seu empenho no combate e recuperação de pacientes com covid-19.
Antenado com o que acontece ao seu redor, sempre atento aos jornais e TV, Paddy se sensibilizou com a sensação de tristeza e isolamento destes profissionais.
“Eu vi o quão triste e chateados eles estavam nos jornais. Minha mãe disse que eu deveria escrever para alguns, então pedi para que ela encontrasse alguém e várias pessoas quiseram um [cartão], então eu quero escrever para todos”, contou Joyce ao canal de televisão STV.
Como agradecer este time de fabulosos profissionais que zelam pela saúde de seus compatriotas? Atualmente, o jovem já passou dos 1.000 cartões escritos e deseja atingir, até o final do ano, a marca de 5.000.
Por ter um desenvolvimento mais lento por causa do autismo, escrever estes cartões é um desafio ainda maior para Joyce. Uma verdadeira prova de que empatia e carinho da parte de Paddy que capricha bastante nos cartões, sempre acompanhados de desenhos elaborados, em especial arco-íris, que estampam suas mensagens.
A mãe do jovem, Indra, declarou que apesar das dificuldades que Joyce tem em lidar com outras pessoas e certos assuntos, a matemática e as estatísticas fazem sentido para ele. “Estatísticas fazem sentido para ele, porque números são organizados. Ele prestava atenção nas estatísticas de mortes do covid-19 e isso o fez ficar triste, mas ele não conseguia para de olhar.”
Agora, escrevendo os cartões, Indra afirmou que os números que Joyce vê na televisão são mais um incentivo para enviar as mensagens de apoio e reconhecimento. Ainda segundo a mãe, o jovem Paddy também vibra quando seus cartões são respondidos por alguns profissionais da saúde
A enfermeira-chefe do hospital de Glasgow, na Escócia, que recebeu a primeira carta de Joyce, Pat Cruickshanks, afirmou que gestos como esse animam a equipe em tempos tão difíceis como estes.
Todos nós podemos! O exemplo de Paddy é uma lição para que nos coloquemos no lugar dos outros: empatia, carinho e apoio são essenciais hoje e sempre.