19/06/2020
Kaká D’Ávila e o seu delivery de esperança
Que solidariedade rima com criatividade todo mundo já sabe. Mas o gaúcho Kaká D’Ávila, 38 anos, se superou nisto. Criou um delivery de currículos para ajudar os desempregados, que estão em isolamento social, nestes tempos de Covid-19.
Kaká, hoje trabalhando como servidor público na prefeitura de Porto Alegre, no passado atuou na área de recursos humanos, como recrutador. Entende bem a dinâmica do processo de procura de emprego: como a falta de motivação e esperança podem sabotar quem está à procura de um novo emprego e o descaso de algumas empresas, que descartam os currículos no lixo. Em tempos de pandemia este círculo vicioso tem se agravado ainda mais.
Kaká já esteve desempregado e sabe que um grande número de pessoas que perdeu o emprego por causa da pandemia não tem condições de se deslocar pela cidade para procurar uma nova oportunidade de trabalho. “Isso partiu de algo muito pessoal. Eu já estive desempregado por um bom tempo. Hoje, eu só faço o que talvez gostaria que tivessem feito por mim quando estive desempregado. Por mais que eu esteja empregado, eu tento ajudar as pessoas que estão em busca de emprego”, conta.
O delivery de currículos do Kaká começa antes da entrega; ele recupera os currículos descartados ou jogados fora que encontra em suas andanças pela sua cidade. Não importa se estavam no lixo ou amassados, o que vale para o Kaká é recuperar estes documentos e entregá-los em agências de empregos ou em locais que estão contratando pessoas.
Mais que resgatar ou entregar os currículos, Kaká oferece esperança e oportunidade de uma vida melhor para aqueles, cujos currículos, ou melhor vidas, foram salvas por sua atitude solidária.
“Enquanto eu estiver vivo quero continuar oferecendo esse trabalho voluntário. A minha maior satisfação é saber que estou ajudando famílias a terem uma renda, a botarem comida na mesa, a terem dignidade e isso é o que vale para mim, isso é o que faz eu me sentir o homem mais rico do mundo”, afirma Kaká.
Que tal usar sua criatividade para transformar vidas, seguindo o exemplo solidário de Kaká D’Ávila?