
Jornada de Crescimento: Farmacêutica Global Traz Uma Nova Abordagem Para o Mercado Público
Descubra como a Jornada de Crescimento da farmacêutica global está inovando no mercado público com estratégias eficazes e soluções inovadoras.
Em plena pandemia, as vacinas ganharam uma importância acrescida. Todos os esforços se conjugam para criar uma forma de imunizar a população mundial contra a Covid-19, que já contagiou mais de 46 milhões de pessoas em todo o mundo. Mas tão importante como falar do desenvolvimento de novas vacinas é discutir a supply chain na distribuição de vacinas. Como fazê-las chegar às pessoas que mais delas precisam, com segurança, rapidez e ao menor custo?
Toda a cadeia de abastecimento de vacinas tem regras próprias, num processo que se foi tornando mais complexo e desafiante ao longo dos anos. Desde a década de 1970 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) dispõe de um programa alargado de imunização para garantir a vacinação de todas as crianças. Logo na década de 1980, foram desenhados os sistemas Immunization Supply Chain and Logistics (ISCL), mas os tempos foram mudando.
Surgiram mais doenças e mais vacinas foram chegando ao mercado. Ao mesmo tempo, a urgência em disponibilizá-las, a necessidade de adaptação às novas estratégias de entrega ou mesmo as inovações tecnológicas na cadeia de frio colocaram novos reptos à supply chain na distribuição de vacinas.
A OMS sentiu, então, necessidade de chamar a atenção para a importância de não negligenciar a componente logística, essencial nos programas de imunização da população, lançando um novo documento sobre o tema. Objetivo: melhorar o desempenho e disponibilizar as vacinas certas, nas quantidades certas, nas condições certas, na altura certa, no lugar certo e ao custo de supply chain certo.
Assim, os desafios colocam-se nos dois grandes tipos de vacinação:
No primeiro caso, há uma cadeia estruturada. Contudo, no segundo, é importante criar condições para garantir que a supply chain na distribuição de vacinas funciona com a eficiência necessária para as levar rapidamente e em segurança a quem mais precisa.
Segundo a OMS, as áreas mais importantes na cadeia de abastecimento de vacinas incluem a gestão e monitorização das mesmas, a gestão da cadeia de frio e a segurança de imunização. Negligenciar estes pontos é abrir caminho a um sistema de logística de vacinação fraco com várias consequências negativas. Por exemplo, elevadas taxas de desperdício, falhas de stock e má gestão dos desperdícios. Isto leva a custos operacionais significativos e, claro, a um impacto negativo na saúde pública.
Desse modo, a OMS, juntamente com a UNICEF, desenvolveu o chamado Effective Vaccine Management (EVM). Este processo promove a melhoria da supply chain na distribuição de vacinas através da monitorização de um conjunto de etapas inerentes:
A supply chain na distribuição de vacinas é por si só um desafio. Então, que cuidados acrescidos são necessários em relação à vacina contra a Covid-19 para garantir a distribuição de um número sem precedentes de milhares de milhões de doses em todo o mundo?
Estão em desenvolvimento mais de 250 vacinas. Assim que forem aprovadas e estiverem prontas para serem distribuídas, é indispensável garantir que todos estão preparados. E isto inclui indústria, entidades públicas e privadas na área da saúde e operadores logísticos.
Aliás, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) está bem ciente da dimensão do desafio. “Entregar as vacinas contra a Covid-19 de forma segura será a missão do século para a indústria de transporte aéreo de carga”, disse o diretor-geral e CEO da IATA, Alexandre de Juniac, citado pela UNICEF, alertando para a necessidade de todos se prepararem desde logo.
Associada ao transporte aéreo está a cadeia de frio. Esta pode variar consoante o tipo de vacina, como indica o artigo “On pins and needles: Will Covid-19 vaccines save the world?”, da McKinsey. “Vacinas diferentes têm necessidades logísticas diferentes, incluindo horários de dosagem, local de administração e requisitos de cadeia de frio. As vacinas baseadas em ADN, por exemplo, tradicionalmente mantêm-se estáveis a temperaturas normais, enquanto as baseadas em ARN, subunidades de proteínas e vetores virais requerem cadeia de frio ou transporte criogénico.”
Estima-se que possa haver casos em que são exigidas temperaturas até -80°C para garantir a eficácia. Isto impõe-se como um grande desafio para a supply chain na distribuição de vacinas, que, por regra, as transporta entre -2 a -8°C.
Importante será também não descurar as questões da sustentabilidade. Neste caso, é relevante avaliar as embalagens e os tipos de transporte reutilizáveis, mas também organizar a logística inversa.
Seja qual for o cenário, a rapidez e a dimensão da expedição da vacina prometem fazer desta uma operação sem precedentes, refere o artigo da McKinsey. Assim, será importante que cada uma das partes envolvidas saiba exatamente qual é o seu papel nesta cadeia que vai desde a produção à administração da vacina.
Fonte: OMS/Mckinsey
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