Fraudes em licitações públicas: saiba como evitar
Fraudes em licitações públicas representam um desafio significativo para garantir a integridade dos processos licitatórios e a igualdade de oportunidades entre participantes. Este artigo explora...
Depois da covid-19, falar no futuro da economia deveria ser falar em como reconstruí-la no combate às mudanças climáticas, na defesa da biodiversidade e da justiça social e ambiental. Mas como organizar essa reconstrução? O que é sustentável em grande escala? Como intervir nos negócios e nos sistemas para transformá-los?
Há um movimento voluntário de empresas em direção de melhores práticas industriais em diversos países. Os investimentos privados em economia verde avançaram globalmente, mesmo com a pandemia. Pesquisas mostram consumidores – principalmente os mais jovens – preocupados em conter o desperdício e em escolher produtos e alimentos de empresas comprometidas com a defesa do meio ambiente, usando o consumo como força de pressão por mudanças.
Esses elementos são fundamentais. Porém, de forma geral, faltam condições políticas para impulsionar a transição partindo de uma economia linear, baseada na extração de matérias-primas, produção e descarte, para a circular. A economia circular é um sistema regenerativo e restaurativo, que prevê extração ecologicamente controlada de insumos, uso de energias renováveis, durabilidade dos produtos e sua reutilização, como forma de poupar recursos naturais do planeta e contribuir para o combate às mudanças climáticas.
A partir da percepção dessa lacuna, a Fundação Ellen MacArthur, que tem atuação nas Américas, na Ásia e na Europa, condensou um roteiro para orientar técnicos e planejadores e estabelecer parâmetros comuns para o desenho de políticas públicas que organizem iniciativas de forma conectada.
“Objetivos universais de políticas para economia circular: viabilizando a transição em grande escala”, estabelece cinco metas, aplicáveis a vários setores e contextos locais, em torno das quais governos e empresas podem se alinhar para alcançar objetivos comuns. “Hoje, a economia circular se tornou mais relevante que nunca. Ela ajuda a endereçar as agendas globais que consensualmente o mundo está encaminhando, que são a agenda 2030, dos objetivos do desenvolvimento sustentável, e o Acordo de Paris”, diz Luísa Santiago, líder para a América Latina da Fundação. “Ela traz soluções para atacar a crise climática, a perda de biodiversidade e a poluição, também abordando o grande desafio econômico que a pandemia colocou para o mundo todo”.
“Para que as soluções circulares ganhem escala é fundamental ter as condições políticas, mas é preciso evitar fragmentação em políticas que sejam pura distração. Por exemplo: investir pesado em incineração de resíduos. Ora. Isso não é economia circular. É um caminho não sustentável”, diz Luísa. Outro exemplo: colocar toda a carga de uma campanha pública no fim dos canudinhos. Como ponto de partida, serve, mas não pode ser o alvo.
Luísa cita um dos importantes compromissos globais incentivado pela própria Fundação, o pacto dos plásticos, como exemplo do limite de ação voluntária empresarial. “Reunimos as indústrias que lidam com 20% do volume mundial de plástico num compromisso. É importante, mas precisamos ter mecanismos regulatórios para que a norma seja para todos”, diz. “Para que a economia circular se torne uma norma e não uma exceção, é preciso ir além dos compromissos voluntários.”
A seguir, destaques dos cinco objetivos:
Fonte: Guia para Economia Circular -Uol/Mara Gama
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