Nesta 19ª edição do Gente Que Brilha, vamos acompanhar a trajetória pessoal e profissional de Emanuella Bertuleza, mais conhecida como Manu, especialista em Gestão de Pessoas, Orçamento Público e Gestão Fiscal Responsável.
Com vocês, Manu, Gerente de Licitação na União Química Farmacêutica, em entrevista exclusiva para o Blog SOL.
1Quem é a Manu? Conte um pouco sobre você…
Sou casada, tenho uma filha de 15 anos e o Tobby, que chegou em minha vida para superar o medo de cachorro. Sou formada em Gestão Comercial, pós-graduada em Orçamento Público e Gestão Fiscal Responsável, com MBA em Gestão de Pessoas e posso resumir a Emanuella, mais conhecida como Manu [risos], como uma pessoa família, responsável, dedicada, resiliente e analítica.
No meu tempo livre, gosto de estar em família — mesmo com os familiares distantes, sempre que possível faço de tudo para estarmos juntos: tiramos férias, aproveitamos os feriados, aniversários… Também sou cristã e amo estar junto com meu grupo da igreja.
Atuando há 20 anos no segmento farmacêutico, iniciei minha trajetória profissional muito nova e sempre me dediquei para atingir os níveis mais altos. Comecei como vendedora em uma rede de drogarias na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte.
Logo em seguida, atuei no mesmo grupo, só que em uma distribuidora de medicamentos, e ingressei na área de licitação, com o que trabalho há 14 anos. Há nove anos, vim para São Paulo e hoje gerencio a equipe de licitação na União Química Farmacêutica.
2Highlights da carreira – quais foram os pontos altos de sua carreira? Que fatos relevantes e resultados alcançados você gostaria de destacar?
Quando iniciei na D-Hosp, fui analista de licitação e, após 6 meses de empresa, fui chamada pelo gerente executivo para cobrir as férias da coordenadora. Dias depois, fui informada de que ela não voltaria e eu estava sendo cotada para a vaga de coordenadora de licitação.
O interessante é que não conhecia nada da empresa na época. A equipe não era envolvida nas estratégias da empresa e eu só conhecia os detalhes dos processos licitatórios daqueles estados que eu era responsável.
Mesmo assim, assumi o desafio e, de cara, já peguei uma apresentação para a convenção de vendas, com todo o time comercial, diretoria, sócios… Enfim, enfrentamos e lembro que, no ano seguinte, já com a minha gestão com a equipe de licitação, conseguimos um faturamento histórico a nível Brasil, crescendo mais de 300% (comparando com o ano anterior) somente no mercado público.
Não posso deixar de citar que tive ajuda de pessoas incríveis, tais como Roselei, Guadalupe, Virgílio, Carlos Oliveira e Fábio Gomes.
3 Desafios – a vida profissional e a vida pessoal são feitas de desafios, aqueles que nos tornam melhores, mais fortes e mais capazes. Quais foram os mais marcantes da sua trajetória e que você gostaria de compartilhar conosco?
Um dos grandes desafios foi quando aceitei a proposta de vir morar em São Paulo, ainda na empresa D-Hosp. Embarquei nessa jornada, vencendo medos, rompendo barreiras e, em alguns momentos, enfrentando preconceitos pelo fato de ser líder mulher, mãe e nordestina.
Sou potiguar, nasci em Natal e estou morando em São Paulo há 8 anos. Como desafio profissional e, acima de tudo, pessoal, aceitei o convite da empresa que trabalhava na época, a D-Hosp Distribuidora Hospitalar, de gerenciar a equipe de licitação na filial em São Paulo — na época, apenas Sul e Sudeste, mas em seguida assumi a licitação nível Brasil.
Em comum acordo com o marido, deixei a minha vida, familiares e amigos em Natal e, de início embarquei nessa aventura sozinha, ficando aproximadamente 6 meses sozinha nessa selva de pedras. Uma menina, ainda aprendendo as malícias do comercial, enfrentei os desafios e logo em seguida trouxe o marido e a filha para ficarem comigo.
4Inspiração – o que te inspira, o que te motiva a cada dia, no exercício de suas atividades profissionais?
O fato de saber que salvamos vidas, mesmo que indiretamente, principalmente aquelas que dependem exclusivamente do SUS. Isso é muito gratificante. Quando vejo reportagens sobre licitações de medicamentos, isso faz meu coração sorrir.
Saber que alguém nesse país pode acordar e saber que viverá por mais dias pois tem a sua medicação, e que muitas vezes foi a minha equipe que fez essa ponte.
5Nova Lei de Licitações – na sua opinião, quais são os impactos que a nova Lei de Licitações trará para o mercado de Compras Públicas?
Eu acredito que fomos beneficiados [com a Nova Lei de Licitações], porque será possível uma maior transparência dos dados e também a unificação dos processos no portal do Governo. Sabemos que nem sempre mudanças nos agradam 100%, mas creio que podemos considerar um ponto positivo para nós.
Mudanças são essenciais e nos fazem aprender, sem contar com a troca de conhecimentos que temos com os nossos colegas de profissão.
6Compliance para licitações públicas – quais são os principais desafios de compliance enfrentados por empresas que participam de licitações públicas?
A meu ver, quanto à exigência de compliance nas licitações, não tomo como um desafio para as empresas que sempre trabalharam corretamente. Esse método, inclusive, permitirá que apenas as empresas que trabalham dentro dos parâmetros éticos e legais sigam no processo, permitindo uma concorrência legal. Além disso, elas também são asseguradas contra a corrupção.
7Uma frase, um pensamento especial – para finalizar, compartilhe com a gente uma frase, um pensamento ou algo do gênero que faz você vibrar e tem um significado especial para você
Um texto bíblico que está em Josué 1:9: “Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar”.