
Licitações garantem um dos alicerces da Educação Pública: o livro didático
Leia o artigo e entenda o papel das licitações na garantia do livro didático no Brasil
Aqui no SOL sempre estamos antenados com as “ sopas de letrinhas “ corporativas, as famosas siglas que estão alinhadas com as inovações e tendências na gestão de negócios. E você já reparou que muita gente anda falando por aí sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)? Mas, afinal, o que são esses objetivos e de onde isso surgiu?
A gente não quer bagunçar muito sua cabeça, mas antes de explicar os ODS, precisamos te contar sobre os ODM! Calma, é simples! Os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram estabelecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 2000.
Esses objetivos emergem dos estudos que a ONU realiza há décadas e que já foram apresentados em várias conferências, tal como: Estocolmo (1972), Rio de Janeiro (1992), Johanesburgo (2002) e Rio+20 (2012). Trata-se, portanto, de uma agenda global importantíssima para os países, em especial os em desenvolvimento, melhorem a qualidade de vida das pessoas.
As empresas que estão engajadas e comprometidas com os ODS tem metas de cada objetivo desta agenda de sustentabilidade global até 2030 e no Brasil estão integradas, através da Rede Brasil do Pacto Global.
Vale ressaltar que a sustentabilidade é um conceito absolutamente amplo, plural e que vai muito além das questões ambientais. Envolve o equilíbrio no modelo de gestão de negócios de cada empresa, onde questões sociais, cuidados com o ambiente corporativo interno e externo, governança corporativa e a relação com colaboradores, fornecedores, parceiros e clientes. Um modelo de gestão 360 graus, baseado no Pacto Global da ONU pressupõe soluções estratégicas que englobem todos estes aspectos e que valorizem os 08 princípios de um negócio sustentável.
A crise da covid-19 acelerou um processo de ressignificação das empresas e do seu papel na sociedade. Nunca se discutiu tanto no mundo corporativo a importância da empatia, da solidariedade, das relações humanas, da cooperação, do respeito aos indivíduos, da transparência, da visão de interdependência e da necessidade de ser agente de mudança a favor do coletivo. A sensação de vulnerabilidade geral, a urgência do isolamento social e a dura constatação de históricas desigualdades sociais no meio de uma pandemia com efeitos nunca antes experimentados, provocaram as empresas a assumirem, de vez, uma responsabilidade que já vinha em discussão de ser “parte da solução” e não mais “parte do problema”. Convocadas a atuar, em regime de emergência, muitas, felizmente, passaram no teste da coerência entre discurso e prática de sustentabilidade.
A crise tem contribuído para revisar a ideia de empresa, fortalecendo novos conceitos como o do “capitalismo de stakeholder”, defendido recentemente no Fórum Econômico Mundial. Cada vez mais o que a sociedade espera é que as empresas cumpram o seu papel principal – solucionar problemas – e que sejam competentes em gerar valor e distribuir resultados para todas as partes interessadas, e assumam a responsabilidade de serem agentes de transformação em benefício do coletivo.
O principal ativo das empresas são as suas pessoas. Colaboradores são pais, mães, maridos, esposas, filhos. Integram famílias, comunidades, sociedades. E por isso têm direito a uma vida cujo valor não pode ser determinado apenas pelo trabalho. Os humanos estão também nas comunidades. Humana é a diversidade. Cada vez mais os indivíduos vão querer investir, comprar de e trabalhar em organizações cujos valores se afinam com os seus e que demonstrem cuidado individualizado, escuta afetiva, respeito às diferenças e preocupação genuína com o bem-estar e qualidade de vida.
A crise reforçou a importância do ODS 17, que trata das parcerias entre diferentes atores da sociedade. A compreensão maior de nossa vulnerabilidade aumentou a empatia, a solidariedade e o senso de responsabilidade. Se foi possível a empresas concorrentes atuarem em cooperação durante a pandemia, será possível, também, fora dela trabalharem em conjunto, de modo planejado e sistêmico, para enfrentar as mudanças climáticas e suprir déficits históricos de bem-estar social.
A crise nos mostrou que tudo e todos estamos conectados. Impossível pensar na prosperidade de uma empresa sem considerar a prosperidade de todos os grupos impactados por ela, especialmente os mais vulneráveis. Impôs-se uma nova consciência segundo a qual nossas atitudes e escolhas individuais determinam coletivamente o mundo que queremos hoje e para as próximas gerações.
Transparência fortalece a confiança. Em tempos de crise, nos quais colaboradores, fornecedores, parceiros de negócio e comunidades esperam por cuidado e proteção, cresce a necessidade por informações precisas, posicionamentos firmes e valores claros. Empresas que compreenderam a importância da transparência, comunicaram-se adequadamente com os seus stakeholders e prestaram contas à sociedade saíram mais fortes.
Apenas eliminar impactos socioambientais negativos, já se sabe, não será suficiente para conter um processo acelerado de mudanças climáticas e esgotamento de recursos naturais. Desafia-nos a necessidade de investir em tecnologias, processos disruptivos de produção e novos modelos de negócio capazes de gerar impactos positivos para o meio ambiente e as comunidades afetadas pelos negócios.
A crise da covid-19 ressaltou a importância de um novo tipo de liderança, orientada por valores e preparada para fazer a transição de um modelo convencional de negócios para outro mais ético, transparente, justo, íntegro e respeitoso em relação à diversidade, às pessoas e ao meio ambiente. Trata-se de um líder mais empático, cuidador, atento e egocêntrico
A crise abriu importantes janelas de oportunidade para acelerar a agenda de sustentabilidade, intensificar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e promover uma economia menos intensiva em uso de recursos naturais e emissões de carbono. Bancos centrais, bancos e governos podem utilizar o seu poder de conceder empréstimos e isenções fiscais para estimular, como contrapartida, investimentos na adoção de energias renováveis, preservação da floresta em pé, economia circular, geração de trabalho e renda, regeneração de ambientes degradados, saúde, segurança e bem-estar de pessoas e comunidades.
Fonte: Pacto Global /Rede Brasil
Clique aqui e conheça as nossas iniciativas!